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Dedicatória:

Este livro é dedicado em amável memória aos meus pais, Antônio e Rita Piancó;

Aos meus filhos, Paulo Renato e Marília, para quando adultos conhecerem mais intensamente os sentimentos da mamãe que tanta os ama e possam também conhecer a grandeza e os valores de nossas Raízes.

Fátima Piancó - Itapetim, 17 -06-2000

Nota aos visitantes:

Este livro é de autoria de Fátima  Piancó de Oliveira Barbosa.

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 Mensagem de Lusa Piancó Vilar 

 Para minha irmã, Fátima: 

Gostaria que você recebesse essa página, cujo conteúdo é a sua obra "Raízes" trasladada na íntegra, por mim, como uma forma de mostrar ao mundo a escritora, a poetisa e, sobretudo, a pessoa humana maravilhosa que você vai revelando em cada linha, em cada verso e em cada prosa

Fiz uma releitura, após dez anos de sua publicação. Chorei de tanta saudade!

Foi difícil copiá-la com os olhos borbulhando em lágrimas e o coração sobressaltado ao ler o passado daqueles que nos antecedram. Foi mais difícil, ainda, ilustrar as postagens com músicas e fotos pertinentes, porque a minha emoção dobrou a cada texto lido.

Em cada verso do meu avô eu me transportava para o tempo em que ele viveu. Cada vez mais consolidou-se em mim a certeza de que:

Somos emotivos, porque trazemos esse sangue que corria nas veias dos nossos antepassados, esse sangue que traz, da cabeça aos pés, a punjância dos nossos corações.

Revivi o sacrifício que foi imposto ao nosso pai durante o calvário da sua doença. A prisão, o confinamento, no apartamento do Hospital UNICORDIS-RECIFE-PE; a sua perplexidade por ser impedido de ver o restante da família, para que lhe pudesse dar o seu último abraço.

As belas poesias que ele nos deixou, em cujas rimas revela a sua personalidade de homem cristão, preocupado com o seu próximo, com os conterrâneos que debandavam em êxodo para a Região do Sul em épocas de grandes estiagens.

Senti, e até posso dizer que ouvi, as risadas dele, o assovio feliz, quando a chuva molhava nosso chão esturricado pelo sol causticante do nosso Sertão.

E, lá estava ele, vigilante, confiante que as coisas melhorariam para todos, e novamente versejava para externalizar a sua alegria.

Nunca esqueço quando me telefonava e que a sua primeira pergunta era:

"Tá chovendo aí, minha filha?"

Trazia sempre consigo a saga do sertanejo nordestino, que  se assustava quando "a barra" do dia de São José não aparecia nos céus.

Da minha mãe, que à época ainda estava conosco, senti uma saudade arrasadora, verti grossas lágrimas ao ler os poemas encantadores que a ela você dedicou, cujas palavras atravessaram meu coração, e as fiz minhas, pois em não sendo a poetisa que você é, ofereci a ela as suas rimas em meu nome também.

Das homenagens que fizeram ao  meu pai, como as que você descreveu em seu livro, serei eternamente grata pelas palavras que a ele foram dirigidas através dos amigos: Professora Sílvia Costa e Dr. Honório Rocha.

Ao ouvir novamente , após 19 anos, o pronunciamento do Dr. Honório, em viva voz, pois apesar de guardar a fita gravada jamais tive coragem de escutar outra vez as palavras que ele pronunciou, naquele cemitério, no dia 06 de janeiro de 1991, dia do seu sepultamento.

Sofri em dose dupla, porque Dr. Honório hoje já não se encontra mais conosco, tendo partido para a eternidade no dia 26 de julho de 2006.

Quando estive no Cemitério Morada da Paz, aqui em Recife, para despedir-me do nosso grande amigo, Dr. Honório, vi seu caixão descer à sepultura no mais profundo silêncio. Naquele momento eu revivia todas as palvras que ele dirigiu ao nosso pai e à nossa família no dia do seu emterro.

Deus sabe do tamanho do discurso que fiz, silenciosa e mentalmente, para ele. Não me arvorei a falar porque não encontrei coragem e por esta covardia ainda hoje me penalizo.

Enfim, no discorrer da leitura de sua obra, apesar da emoção, pude ver com mais clareza a beleza literária com que você escreve, pois no ano em que foi publicada eu não conseguia ler este magnífico registro de memórias em prosa e verso  que você, inspirada por Deus, deixa de presente para a nossa posteridade. 

Quero agradecer a Pe. Assis a belíssima apresentação que fez do seu livro., ratificando tudo que você escreveu, além de uma grande demonstração de amizade à nossa família.

Quero agradecer, também, ao amigo Ciê que escreveu as orelhas deste livro, pelo reconhecimento público dos "dons fantásticos" das pessoas que fazem parte da nossa árvore genealógica.

Para você, Fátima, minha irmã, o meu muito obrigada e os meus sinceros parabéns por você ser uma dessas pessoas , aquelas que o nosso amigo Ciê identificou na nossa árvore. Não resta dúvida: Você recebeu de Deus "Dons Fantásticos".

Um beijo, minha irmã, e aqui deixo registrada a dedicatória que fez na primeira página do seu "Raízes", para minha família:

" Carlos, Lusa, Leo, Dudu e Karlinha, 

As nossas "Raízes" estão neste livro para que jamais possamos esquecer do legado que nos foi deixado. Que Deus nos permita sempre levá-lo à frente, pois a união e o amor foi o que ELE mais desejou entre nós.    

                            Um beijo carinhoso da irmã e tia"

                                    Fátima

                                            Itapetim, 17/06/2000 

VÍDEOS FORMATADOS PELA ESCRITORA E POETISA, FÁTIMA PIANCÓ

1. Poema da Minha Terra - Rogaciano Leite
2. Cheiro de Relva - Paula Fernandes
3. Família Piancó - Confraternização - 2009
4. Bodas de Prata - Marcílio e Fátima
5. Itapetim para sempre na lembrança
6. Marília - A princesa que Deus desenhou para mim
7. Minha Festa de Natal - Fátima Piancó
8. Por Ela (Dedicado a Marília)
9. Hoje é o meu aniversário - Fátima Piancó
10. Muro Alto - Porto de Galinhas