A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE MORRE!

01-11-2010 17:28

 Passados nove anos da partida do meu pai para a eternidade, hoje voltei ao Sítio Maniçobas, para rever todo aquele cenário que foi o começo da nossa história.

Confesso que fui tomada por uma grande emoção, ao rever a Casa Grande, o engenho, a casa onde ele viveu, quando menino, tudo aquilo que ele amou tanto em vida. 

Percorrendo todos aqueles caminhos, lembrei-me com que afinidade e amor ele os percorria. Tudo lhe era tão caro!

Durante algum tempo fiquei a observar a frase que ele fez questão de gravar na parede do engenho, quando o reconstruiu: " A esperança é a última que morre" Diante disso, não posso aceitar que você, meu pai, morreu e tudo acabou para nós.

O seu sonho, a sua esperança, continuam vivos. Épor eles que devemos continuar a lutar.

A mensagem de união que você pregou, por ocasião do sepultamento de minha avó, os seus ensinamentos diários, as suas lições de vida o seu legado afinal, deve ser levado adiante. E, nós seus sete filhos, temos o compromisso de fazer passar para os nossos filhos e, lutar ainda, para que estes passaem para as gerações vindouras.

Tenho certeza, que meus irmãos, assim como eu, compreendem o quanto é importante não permitir que esta esperança morra.

Você ainda está muito presente em nosso meio e continuará sendo  a força maior para que o amor e  união jamais acabem entre nós.

Tenho certeza, também, que todos eles estão junto comigo nesta obra, para juntos, num coro harmônico, cantarmos ao mundo inteiro o quanto amamos você e nossa querida mãe.

E apesar de já não termos mais a sua presença física aqui na terra, queremos conservar esse amor, na continuação do grande lar onde vocês nos abrigaram com tanto carinho, abrigando daqui para a frente uma família bem mais numerosa, onde a chegada dos netos e bisnetos será a perpetuação desse amor, que vocês tão bem souberam nos ensinar.

Que o cenário da casa Grande e do Engenho, continue a ser o cenário de infinita recordação na vida dos que fazem e farão a posteridade de Antônio Piancó Sobrinho.

Itapetim, 18 de janeiro de 2000

Fátima Piancó

 

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