Numa noite de chuva, meu pai, Antônio Piancó, se encontrava na Secretaria do Colégio Municipal (Colégio que ele fundou, quando foi Prefeito do Município) e usando a máquina de datilografia, escreveu os seguintes versos:
A chuva melhorou muito
O Sertão do Pajeú
Ninguém vai mais passar fome
E nem também andar nu
Comendo fruta de palma
E batata de umbu
Esse Sertão quando chove
Tira o povo da miséria
A abundância se espalha
A crise é menos séria
O povo comendo bem
Fortificando a matéria
No Sítio da Barriguda
Comeram até gavião
Comeram um macaco assado
Um tejo, um camaleão
Assaram até lagartixa
Para comer com feijão.