PROTESTO PELO LANÇAMENTO DO LIVRO "ITAPETIM CABEÇA DO PAJEÚ"

08-11-2010 18:33

 Estes versos foram escritos por ocasião da publicação do Livro "ITAPETIM - CABEÇA DO PAJEÚ" .

O escritor ao narrar a vida de algumas pessoas que construiram nossa história, tornou-as vítimas de insultos e desonras. Aquilo muito me doeu, principalmente porque muitos já haviam partido para a ternidade e não poderiam mais apresentar sua defesa.

Em protesto ao lançamento deste livro, pela INVERDADES nele contidas, escrevi:

 

Minha amada e querida Itapetim                   

Minha terra estimada, meu torrão 

Pequenino pedaço do Sertão 

Quão orgulho representas para mim 

Tuas pedras, tua gente, tudo enfim 

São lembranças constantes e queridas                            

São figuras imortais, inesquecidas

Na história que te fez tão bela assim 

 

Quantas coisas de ti há pra contar

As histórias mais belas da história

Tua origem, tua verdadeira glória

Emoções que nos fazem até chorar

Companheiros que no teu desabrochar

Muitos deles que aqui não mais estão

Fiéis amigos que te deram a mão

Primeiros passos do teu caminhar

 

É linda a história que de ti conheço

Da qual se orgulha o povo do nosso lugar

E qualquer filho que a ti prezar

Te é leal e com maior apreço

A ti não trai, mesmo pela fama

Não muda a história e jamais difama

Não desmerece quem foi teu começo

 

Inventar outra história é um crime

É sinal de vestígios de vingança

É maldade que maldades lança

Inverdades que fira e incrimine

É também responsável quem imprime

Uma obra que a terra não merece

Que a seus filhos amados desconhece

E a nós tão somente nos oprime

 

Queima, arde em meu sangue a ira ardente

Pela fama de ver um delator

Que se diz de uma terra escritor

E descreve inverdades de uma gente

Se da terra se diz, infelizmente

Maltratou e feriu filhos amados

Bem a custa de fatos mal contados

Atacando e agindo infamemente

 

Quis tornar-se famoso historiador

Denegrindo o querido Pe. João

Acusando usar de corrução

Nosso grande e bondoso benfeitor

Bem se ver que este pobre professor

desconhece o perfil de nossa história

Nem sequer sabe da tamanha glória

De contar com um pacificador

 

Longos anos serviu nossa cidade

E discórdias sanou com sapiência

Baluarte da nossa independência

Ele, sim, nos deu a maioridade

Foi Ministro de Deus com qualidade

Pela fé conduziu sempre o meu povo

Grande homem que ainda hoje eu louvo

Pela herança da sua honestidade

 

Pode a gente tornar-se um filho ingrato

E o além transformar em um degredo

Pra punir com injúrias Seu Walfredo

E tirar da moldura o seu retrato

E cuspir vergonhosamente o prato

Que outrora nos foi sabor de vida

E ajudou nossa terra a ser erguida

Com amor, com coragem e recato?

 

Pode a gente esquecer de Seu Simão

Que abraçou com calor nossa "menina"

Dedicou-lhe o amor de quem ensina

Os primeiros vocábulos da lição

Negar-lhe os frutos da iniciação

Na importância daquele momento

Quando partia para o crescimento

Depois de livre o nosso torrão?

 

De Antônio Piancó, vem e retrata

Na história, esse livro desordeiro

Uma imagem de um homem trapaceiro

Novamente ele fere e maltrata

A moral de um homem que sem falta

Criatura se faz reconhecida

por jamais denegrir ninguém na vida

Não é justo que assim alguém lhe abata

 

Cabe a mim defendê-lo nesta vida

Pois ninguém conheceu-o mais do que eu

Como um pai que um dia Deus me deu

Sempre o vi no seu posto de guarida

Pela terra que lhe foi tão querida

E o afeto que gozou de Pe. João

Constitui ainda hoje a frutração

De quem quer sua imagem destruída

 

Grandes homens fizeram nossa história

E a quem quis este livro desonrar

Veemente eu pretendo protestar

Devolver-lhes o Dom da sua glória

Relembrando os frutos da vitória

Nos destinos da nossa amada terra

Que venceu sem jamais semear guerra

E por isso repudia tal "história"

 

Agradeço aqui sinceramente

Aos amigos que por minha Itapetim

Grande luta travaram e enfim

Muito se deram incessantemente

De maneira honrada e grandemente

Sempre presentes no seu crescimento

Mãos que lhe deram desenvolvimento

E que fizeram a glória de uma gente. 

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