Estes versos foram escritos por ocasião da publicação do Livro "ITAPETIM - CABEÇA DO PAJEÚ" .
O escritor ao narrar a vida de algumas pessoas que construiram nossa história, tornou-as vítimas de insultos e desonras. Aquilo muito me doeu, principalmente porque muitos já haviam partido para a ternidade e não poderiam mais apresentar sua defesa.
Em protesto ao lançamento deste livro, pela INVERDADES nele contidas, escrevi:
Minha amada e querida Itapetim
Minha terra estimada, meu torrão
Pequenino pedaço do Sertão
Quão orgulho representas para mim
Tuas pedras, tua gente, tudo enfim
São lembranças constantes e queridas
São figuras imortais, inesquecidas
Na história que te fez tão bela assim
Quantas coisas de ti há pra contar
As histórias mais belas da história
Tua origem, tua verdadeira glória
Emoções que nos fazem até chorar
Companheiros que no teu desabrochar
Muitos deles que aqui não mais estão
Fiéis amigos que te deram a mão
Primeiros passos do teu caminhar
É linda a história que de ti conheço
Da qual se orgulha o povo do nosso lugar
E qualquer filho que a ti prezar
Te é leal e com maior apreço
A ti não trai, mesmo pela fama
Não muda a história e jamais difama
Não desmerece quem foi teu começo
Inventar outra história é um crime
É sinal de vestígios de vingança
É maldade que maldades lança
Inverdades que fira e incrimine
É também responsável quem imprime
Uma obra que a terra não merece
Que a seus filhos amados desconhece
E a nós tão somente nos oprime
Queima, arde em meu sangue a ira ardente
Pela fama de ver um delator
Que se diz de uma terra escritor
E descreve inverdades de uma gente
Se da terra se diz, infelizmente
Maltratou e feriu filhos amados
Bem a custa de fatos mal contados
Atacando e agindo infamemente
Quis tornar-se famoso historiador
Denegrindo o querido Pe. João
Acusando usar de corrução
Nosso grande e bondoso benfeitor
Bem se ver que este pobre professor
desconhece o perfil de nossa história
Nem sequer sabe da tamanha glória
De contar com um pacificador
Longos anos serviu nossa cidade
E discórdias sanou com sapiência
Baluarte da nossa independência
Ele, sim, nos deu a maioridade
Foi Ministro de Deus com qualidade
Pela fé conduziu sempre o meu povo
Grande homem que ainda hoje eu louvo
Pela herança da sua honestidade
Pode a gente tornar-se um filho ingrato
E o além transformar em um degredo
Pra punir com injúrias Seu Walfredo
E tirar da moldura o seu retrato
E cuspir vergonhosamente o prato
Que outrora nos foi sabor de vida
E ajudou nossa terra a ser erguida
Com amor, com coragem e recato?
Pode a gente esquecer de Seu Simão
Que abraçou com calor nossa "menina"
Dedicou-lhe o amor de quem ensina
Os primeiros vocábulos da lição
Negar-lhe os frutos da iniciação
Na importância daquele momento
Quando partia para o crescimento
Depois de livre o nosso torrão?
De Antônio Piancó, vem e retrata
Na história, esse livro desordeiro
Uma imagem de um homem trapaceiro
Novamente ele fere e maltrata
A moral de um homem que sem falta
Criatura se faz reconhecida
por jamais denegrir ninguém na vida
Não é justo que assim alguém lhe abata
Cabe a mim defendê-lo nesta vida
Pois ninguém conheceu-o mais do que eu
Como um pai que um dia Deus me deu
Sempre o vi no seu posto de guarida
Pela terra que lhe foi tão querida
E o afeto que gozou de Pe. João
Constitui ainda hoje a frutração
De quem quer sua imagem destruída
Grandes homens fizeram nossa história
E a quem quis este livro desonrar
Veemente eu pretendo protestar
Devolver-lhes o Dom da sua glória
Relembrando os frutos da vitória
Nos destinos da nossa amada terra
Que venceu sem jamais semear guerra
E por isso repudia tal "história"
Agradeço aqui sinceramente
Aos amigos que por minha Itapetim
Grande luta travaram e enfim
Muito se deram incessantemente
De maneira honrada e grandemente
Sempre presentes no seu crescimento
Mãos que lhe deram desenvolvimento
E que fizeram a glória de uma gente.