Depois que meu pai, Antônio Piancó, faleceu, encontramos estes versos em uma das gavetas do seu bureau do escritório da sua Fábrica.
Versos datados de 30 de novembro de 1988, que este mês completam 22 anos que foram escritos:
Minha vida está de forma
Nem mesmo sei como vai
Penso que uma reforma
No momento bem me cai
O mundo está se apagando
Pareço estar caminhando
Com desespero e moléstia
Por caminhos mal traçados
Com os olhos bem vendados
Sem ver do mundo uma réstia
Oh! mundo velho, enganoso
Cheios de altos e baixo
Para vê-lo luminoso
É só acender o facho
O aceiro já está feito
É só chegar o sujeito
Puxar o fósforo, acender
Tocar fogo no capim
Que tudo levará fim
Nada vai sobrviver.