VOVÔ, ESTÁ TUDO IGUAL

07-11-2010 01:09

 Ao ler os versos feitos pelo meu avô, escrevi os seguintes:

 

I V
Vovô, quando li seu verso No ano de trinta e três
O Mundo vai de Regresso O povo por sua vez
Percebi que o progresso Já sofria a escassez
Inda anda devagar Das chuvas neste Nordeste
Pela mesma consequência Hoje em noventa e nove
Do homem sem consciência A miséria mais comove
Que na sua existência Pois na terra que não chove
A Deus não sabe honrar Assola uma grande peste
II VI
Agora o caso é mais sério Doenças desconhecidas
O homem com seu mistério Destruindo muitas vidas
Constrói seu próprio império E crianças desnutridas
Abusa da Lei Divina Morrendo à falta de pão
Se diz dono da razão O governo indiferente
Isola-se numa mansão Cada dia mais ausente
Põe de guarda um feroz cão Pois só quer saber da gente
Quem ousa entrar, extermina Nos tempos da eleição
III VII
Não respeita a natureza Só se escuta o clamor
Destrói a sua beleza Do pobre, este sofredor
Sem se lembrar, com certeza Cada vez mais devedor
Que o pai da Criação O salário é miserável
Dotou-lhe de inteligência Muitos, pela aflição
Porém sua irreverência Para completar o pão
Tirou da vida a essência Findam virando ladrão
E não merece perdão Perigoso e implacável
IV VIII
Armas e drogas são moda Veja, vovô, que a vida
Que aos pais incomoda Continua a ser sofrida
Mas o povo se acomoda E na grande investida
Vendo milhões a morrer Do nosso Pai Criador
Se continuar assim Transformar num paraíso
A espécie terá fim Esta terra era preciso
Que encontrará enfim Antecipar o "Juízo"
Jesus quando aqui descer? Retornar o Salvador.
   

 

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