RELEMBRANDO MEU PAI

11-11-2010 20:12

 Quero começar relembrando você, meu pai, com versos de ANTÔNIO MARINHO, estes que você mais cantou nos últimos dias de sua vida, como se você próprio estivesse a nos dizer:

 

Arremessado da arte

Sujeito a tristes delírios

Cópia fiel dos martírios

Da vida de Bonaparte

Ele como baluarte

Na ilha sentenciado

Eu sobre um leito deitado

A dita tudo negou

A natureza tomou

Tudo quanto tinha dado

 

Eu por exemplo julgava

Que esta triste sorte enfinda

Roubasse esta vida linda

Mas que um pouco demorava

Cedo assim não esperava

Ser da sorte castigado

Senti o fio cortado

A transmissão não passou

A natureza tomou

Tudo quanto tinha dado.

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